O presidente da CPMI das fake news, senador Angelo Coronel (PSD-BA) disse ao jornal A Tarde que no fim do mês pretende se reunir com o presidente do Senado – que também é o presidente do Congresso Nacional -, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para cobrar o retorno das comissões não permanentes, caso da comissão de inquérito que apura a disseminação de informações falsas em redes sociais e por aplicativos de mensagens.
Por enquanto, a CPMI não tem data para voltar a ter reuniões presenciais por causa da pandemia, e como não há jeito de o colegiado funcionar com reuniões remotas, devido a sua dinâmica, os trabalhos permanecem suspensos, assim como o prazo de conclusão das investigações.
“O presidente Rodrigo Pacheco se comprometeu em instalar as comissões permanentes, semipresencial, a partir do pós-carnaval, no dia 23; mas as temporárias, que é o caso da CPMI das fake News, ele ainda não estabeleceu uma data. Espero encontrá-lo no final do mês, em Brasília, para definirmos esse calendário e retomarmos os trabalhos”, explicou Angelo Coronel ao jornal.
Coronel quer retomar CPMI (Foto Ana Luiza Sousa)
O senador baiano não acredita que a ascensão de aliados do Palácio do Planalto às presidências da Câmara e do Senado afete os trabalhos da CPMI, uma comissão formada por deputados e senadores de todos os partidos.
“Eu não acredito muito que ela será minada, já que a CPMI é suprapartidária; então, quem manda é a maioria. Eles só vão ter condições de minar a CPMI se no plenário da comissão tiver mais parlamentares ligados ao governo; aí eles podem tocar, mudar, aprovar ou rejeitar alguns requerimentos de oitiva ou de quebra de sigilo. Então, quem manda na CPMI não é a presidência, quem manda na CPMI é o voto do plenário. Então, vamos aguardar o desenrolar dos fatos a partir do próximo mês para que os trabalhos continuem e que a gente livre o povo brasileiro deste mal do século são as fake News”, destacou Angelo Coronel.