O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a disseminação de informações falsas por intermédio de redes sociais e aplicativos de mensagens, a CPMI das fake news, decidiu remarcar para 3ª feira, dia 3 de março, a votação de cerca de 90 requerimentos de deputados e senadores que fazem parte da Comissão.
Coronel acredita que a reunião da CPMI desta 4ª feira, 19, será bastante agitada por causa dos depoimentos dos donos da Yacows, os irmãos Flávia Alves e Lindolfo Antônio Alves Neto e por isso é melhor deixar a votação de requerimentos para depois do carnaval.
Entre esses requerimentos estão os que pedem a convocação do vereador Carlos Bolsonaro, e dos ex-presidentes Lula e Dilma.
“Tem requerimento pra todo gosto”, brinca Angelo Coronel.
Coronel espera reunião agitada com donos da Yacows (Foto Ana Luiza Sousa)
Agitada e polêmica – Além de agitada, Coronel espera que a reunião em que Flávia e Lindolfo serão ouvidos seja também bastante polêmica.
“Eles (Flávia e Lindolfo) vão confirmar um crime ou se defender de um crime. Saberemos quem é o criminoso: o Hans ou quem pagou o Hans”, disse o senador, citando depoimento de Hans River Rios do Nascimento, na semana passada.
O ex-funcionário da Yacows, que inclusive entrou na Justiça contra a empresa, confirmou ilegalidades, como a utilização de CPFs sem consentimento dos titulares para habilitação de chips usados em disparos de propaganda eleitoral pelo whatsapp.
Flávia e Lindolfo prestarão depoimentos separadamente, sem que um saiba o que o outro está dizendo.
Dependendo do que disserem, Angelo Coronel pedirá a acareação entre os donos da Yacows e o ex-funcionário da empresa.
Vacinação – Nesta 3ª feira, 18, a CPMI ouviu em audiência pública um representante da Sociedade Brasileira de Imunização.
A audiência foi um pedido do próprio Angelo Coronel.
Ricardo Machado apresentou números preocupantes sobre a influência das informações falsas na vacinação dos brasileiros, entre eles o que aponta que sete em cada dez pessoas dizem acreditar ao menos em uma informação falsa sobre vacinas (Veja os números).
O presidente da CPMI vai pedir a quebra do sigilo de vários perfis acusados de disseminarem informações falsas sobre vacinação, colocando em risco a vida das pessoas.
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