Foto: Ana Luiza Sousa
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) irá na próxima 3ª feira, 4/12, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura a disseminação de informações falsas em redes sociais e aplicativos de mensagens, a CPI das fake news.
A confirmação foi dada pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da Comissão, ao final dos trabalhos desta 4ª feira, 27.
Segundo ele, a deputada confirmou por mensagem a ele próprio a presença na CPI.
Joice, ex-líder do governo no Congresso Nacional e que virá na condição de convidada (sem a obrigação de comparecer), prestaria depoimento no último dia 20, mas na última hora pediu adiamento, alegando que precisava juntar mais elementos para levar à CPI.
Em rede social, a deputada chegou mesmo a falar que estava sendo ameaçada.
Nesta 4ª feira a CPI promoveu audiência pública com Marco Aurélio Ruediger, da Fundação Getúlio Vargas, e Miguel de Andrade Freitas, da PUC-Rio.
Os dois são especialistas em aspectos técnicos das redes sociais e tocaram em pontos que a CPI pode mudar com uma nova legislação, como a falta de um representante legal no Brasil das redes sociais.
“Não se pode hoje permitir que essas plataformas explorem o Brasil, faturem muito dinheiro no Brasil e não tenham uma filial, um representante legal. Creio que será uma conquista da CPI fazer com que essas redes tenham representação no Brasil”, frisou Angelo Coronel, que sempre destacou a necessidade de existir ao menos um endereço dessas plataformas no país para que elas também sejam responsabilizadas quando há propagação de informação falsa.
Foto: Ana Luiza Sousa
Os técnicos também trouxeram informações sobre como as autoridades investigativas podem rastrear o responsável por propagar informação falsa em aplicativos como o WhatsApp, o que animou o presidente da CPI.
“Como dizemos na Bahia, começou a desanuviar”, brincou Coronel, acreditando “que até o final dos trabalhos teremos uma legislação dura sobre o assunto”.
Segundo ele “a raiz (mau uso da tecnologia) já cresceu e nós temos que cortar agora pelo caule, já que não dá pra esperar que dê flor e fruto”.
Coronel credita em parte ao trabalho da CPI medidas tomadas por redes como o youtube para evitar a propagação de informações falsas.
A plataforma de vídeos apresenta agora no topo dos resultados de busca um alerta que indicará a veracidade daquilo que foi buscado pelo usuário.
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